Gosto de Moda... e depois?!: Editorial

Sempre gostei de moda e nunca me senti fútil por isso. Gosto de roupa, sapatos, carteiras e acessórios, como gosto de uma pintura, um livro, uma obra de arquitetura ou uma paisagem. Gosto de coisas bonitas.

Tal como qualquer outra forma de arte, a moda implica uma harmonia entre formas, texturas, cores e ritmos. Mas implica também um elemento novo: a pessoa, que com o seu movimento, os seus gestos e a sua atitude, deverá ser capaz de estabelecer um equilíbrio com a peça que usa. Quando esse equilíbrio é conseguido então a moda é a mais viva de todas as artes.

Muitas são as vozes críticas da moda como forma de arte. As mais frequentes são as de que, não perdura no tempo, nem se orienta por questões estéticas, mas por interesses comerciais. Pois, cria icons que, pouco tempo depois, aniquila, para criar novos icons e poder continuar a vender e a gerar fortunas.

Respondemos que, de facto, assim é. Mas também é dessa forma que se mantém muitos postos de trabalho.

Não somos contra os ricos, somos apenas contra os gananciosos e avarentos. Temos tudo a favor de pessoas empreendedoras que, sem explorar ninguém, conseguem gerar riqueza para si próprias e à sua volta, através da valorização da indústria e do comércio.

Por outro lado, a moda mantêm-se no tempo. Se assim não fosse, os figurinos de gerações passadas não estariam constantemente a ser revisitados. A destruição dos modelos estéticos é momentânea e apenas se verifica, como vimos, por razões de mercado. A moda é por natureza renovação, mas essa renovação não passa na maior parte das vezes de um andar em círculo. Embora, devemos reconhecer, algo seja, quase sempre, acrescentado em cada nova volta.

Como disse, no início deste artigo, sempre gostei de moda e nunca me senti fútil por isso. Mas, agora perante a tela do meu Macintosh, a teorizar sobre “trapos”, pela primeira vez, sinto-me francamente fútil. Estou a perder o meu tempo a justificar porquê gosto de roupinha. Francamente! Se não me sinto obrigada a explicar porquê gosto de literatura, de música, de cinema, de pintura, porquê terei de o fazer em relação à moda. Afinal de contas, ela não é também uma forma de arte?

A definição do que é a moda deixo-a para a sociologia. Pela minha parte vou continuar a dizer que gosto de moda porque gosto de coisas bonitas.

A provar que, apesar da mudança constante perdura no tempo, esta primavera/verão, a moda continua retro.

A grande novidade é o regresso (sem nunca terem saído) dos sapatos com salto médio, embora predominem, ainda, os saltos vertiginosos, compensados.

Em termos de cor, impera o preto e branco, com apontamentos dos beges, todos os azuis e todos os verdes.

As calças continuam justas ou, então, muito largas, em tecidos fluidos e com cintura subida.

As saias têm três tamanhos: ultra comprido, pelo joelho ou ultra curto.

Os vestidos têm corte de princesa, ou são largos com linhas retas.

Os prints animais continuam em força em todas as peças de vestuário, sapatos, carteiras e acessórios.

As gabardines e as camisas brancas mantêm o seu estatuto de icons de moda, intemporal.

Fomos à procura de peças que nos apaixonam ao primeiro olhar.

Começamos pela tendência a preto e branco.

Selecionamos várias imagens para partilhar consigo. Espreitamos as novas coleção primavera/verão 2013, e também algumas peças, que se adaptam à nova tendência, que podemos comprar, ainda, em saldo.

Natália