sábado, 7 de setembro de 2013

Moda Conde Barão



 
Deixem as putas em paz. Com a moda que criaram para se distinguirem.
 
Acho completamente errado que jovens muito jovens, ou versões das jovens mas com mais anos civis, andem a copiar modas. Assim não contribuímos como género. Nem nos tornamos sinónimo de modernização através destas escolhas.
 
Chamem-me obtusa e invejosa que eu nem quero saber. Chamem-me desinformada e com preconceitos que eu abano o rabo e sigo o meu caminho. Mas opinativa ou julgadora, isso nunca deixarei de ser. Daquelas sem políticas corretas.
 
Há por aí cantoras, do atual regime musical da coxa à mostra, que decidiram que quanto mais mostrarem de pele, mais discos vendem. Não interessa a voz. E juro, palavra d´honra, algumas até sabem cantar. Mas mostrar curvas é que tem a ver com a evolução da música. Algumas cantoras nasceram apenas com capacidade para miar e ninguém lhes diz. Mas o objetivo é mostrar muita pele para que o processo da fotossíntese seja mais fácil de realizar… a venda de discos. Digo eu quando tento perceber as razões do roubo de estilo.
 
Aqui começo a fazer um paralelismo, entre este mundo e o mundo da moda. A vulgaridade versus chamada de atenção e/ou talentos. As invejosas, quanto a mim, são as miúdas “tipo” jovens, e as mulheres “tipo” menos jovens (são elas a falar) a copiarem estas cantoras, talentosas ou não, que por inveja, isso sim, foram buscar a moda ao Conde Barão. Lembro-me desde sempre que esta rua, sempre foi o nicho tendencialmente usado para o trabalho desenvolvido pelas putas. Com uma moda vulgar por definição. Com a finalidade de vender o que elas pensam ser um produto. Profissão que honra apenas os homens, mas isso é assunto para outros escritos. Naturalmente que nessa rua nasceram várias tendências de moda. Como em Inglaterra nasceu a tendência do uso das sandálias com meias, naquela rua e nas suas congéneres pelo mundo, nasceu a moda da mini-mini-saia, vulgo cinto largo, e o stilleto. Bem alto, de preferência.
 
Hoje adotadas pelas mulheres de linguagem moderna.
 
Está mal. Errado até ao âmago da coisa. Como diz uma minha amiga” andam a pôr pouco tabaco”. Deve ser a inveja a falar, de uma primitiva que só gosta de chinelas e com dificuldades de equilíbrio em cima desses saltos.
 
Nunca vi necessidade, sem falsos moralismos, de vender a imagem, através do uso de cintos largos e saltos. Algumas ainda pioram mais o visual, juntando-lhe meias arrendadas…
 
Andou a Betty Friedan a queimar o soutien, para que as mulheres votassem, tivessem liberdade a vestir, a ser quem quisessem ser, a ter igualdade de oportunidades no trabalho e na vida social em nome dos direitos humanos e agora isto…
 
Mas em democracia, aceita-se tudo, até a minha opinião sobre este estilus horribilis. Mas uma mente brilhante pensa isso sim, em proibir o piropo… Não partam os dentes do trolha que pirosamente piropa as damas da Conde Barão. Ou as outras. Por indistinguíveis.
 
Hei-de dar cabo da cabeça da minha neta, para que ela seja quem quiser ser, sem precisar usar minis com saltos altos. Vulgar e não sexy. Como elas pensam que são. Por ser uma moda aterrorizadora. E pertença de um grupo específico.
 
Tenho sentido do ridículo na “moda” e acho (do verbo achar que está mal) que as putas devem ter algo que as distinga, também por isto, não concordo com este roubo indecente de moda.
 
Meninas e mulheres libertem-se de facto, resolvam a vossa autoestima, por vocês mesmas, inventem formas belas de chamar a atenção e, deixem a moda das putas em paz e sossego.
 
 
Anabela Ferreira

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